Relembrando as saudosas cartas e como era o nosso antigo sistema de correspondências (até parece que já morreu, né? Mas é que eu e todo mundo que conheço praticamente não usa mais!!) quando ainda nem sonhávamos com o rápido e prático email, lembrei que eu e minhas amigas na infância criamos uma forma de Mail Art. Naquele tempo em nosso mundo ainda não existiam fronteiras, e muito menos limites para a nossa imaginação.
Nós éramos em quatro e todos os dias mandávamos cartas uma para a outra relatando os fatos ocorridos naquele dia. E apesar de já saber tudo o que a outra tinha para contar, nos divertíamos lendo a versão das mesmas histórias sob quatro pontos de vista. Com direito a desenhos ilustrativos, papéis de carta de todos os formatos, e envelopes muitas vezes improvisados, contanto que o cara do correio não implicasse.
É claro que essa brincadeira tinha um custo, e para não pesar tanto no bolso começamos a "fazer arte" também nos selos. Desenvolvemos uma técnica de apagar o carimbo do correio e reciclar os selos para serem usados pelo menos duas ou três vezes. Mas passado um tempo na minha cidade do interior, marcadas e mal-compreendidas fomos tratadas como foras-da-lei. Depois de uma repreensão verbal nos foi cobrado multas que excediam o valor do selo reutilizado.
Eramos crianças porém não sonsas, então encontramos uma outra forma de burlar o sistema dos correios. As quatro possuíam caixa postal, então ao invés de pôr a carta na caixa do correio, colocávamos direto na caixa postal da pessoa que era o destinatário (acho que isso nem deve ser ilegal, né?). Bem, dessa forma continuamos com nossas correspondências diárias e passamos a não precisar comprar mais selo algum.
Peraltices a parte, foi uma fase muito divertida e admiro muito pessoas que conseguem manter esse espírito mesmo depois de adulto. Pois quero acreditar que se estamos aqui precisamos extrair o máximo do mundo, das coisas, das relações, da vida. Falo assim de divertimento, de prazeres, mas de prazer que gera sempre mais prazer (e não dor). Quando as brincadeiras de adulto começam a ficar perigosas é melhor parar, voltar a ser um pouco mais criança e relaxar.
É claro que essa brincadeira tinha um custo, e para não pesar tanto no bolso começamos a "fazer arte" também nos selos. Desenvolvemos uma técnica de apagar o carimbo do correio e reciclar os selos para serem usados pelo menos duas ou três vezes. Mas passado um tempo na minha cidade do interior, marcadas e mal-compreendidas fomos tratadas como foras-da-lei. Depois de uma repreensão verbal nos foi cobrado multas que excediam o valor do selo reutilizado.
Eramos crianças porém não sonsas, então encontramos uma outra forma de burlar o sistema dos correios. As quatro possuíam caixa postal, então ao invés de pôr a carta na caixa do correio, colocávamos direto na caixa postal da pessoa que era o destinatário (acho que isso nem deve ser ilegal, né?). Bem, dessa forma continuamos com nossas correspondências diárias e passamos a não precisar comprar mais selo algum.
Peraltices a parte, foi uma fase muito divertida e admiro muito pessoas que conseguem manter esse espírito mesmo depois de adulto. Pois quero acreditar que se estamos aqui precisamos extrair o máximo do mundo, das coisas, das relações, da vida. Falo assim de divertimento, de prazeres, mas de prazer que gera sempre mais prazer (e não dor). Quando as brincadeiras de adulto começam a ficar perigosas é melhor parar, voltar a ser um pouco mais criança e relaxar.