Tirei um tempinho pra relaxar hoje e fui correndo pro Masp especialmente pra ver uma exposição intitulada "da Bauhaus a (agora!)". Lembrei da última vez que pisei lá e acho que foi no ano de 1997 e pensei: Que vergonha!! Bom, pra me justificar fiquei fora do Brasil por mais de cinco anos, e nesse tempo pra compensar eu visitei outros museus e exposições fora do país. Mas agora que voltei não quero ficar tanto tempo sem visitá- lo novamente!! Ainda mais que ele estava quase pra falir!!
Foi a primeira vez que fui num museu sozinha também!! Apesar de adorar companhia pra tudo, acho que ir pro museu daqui pra frente vai ser uma das coisas que eu vou preferir fazer sozinha!! Adorei me sentir livre pra dar mais atenção a uma determinada obra, ou poder voltar e comtemplar por mais tempo outra, tudo ao meu ritmo.
De quebra ainda vi uma outra exposição "arte e ousadia", de uma coleção particular (João Sattamini). Com as obras organizadas em ordem cronológica, de 1950 a 2000, tem um riquíssimo acervo de obras do concretismo brasileiro. Além da exposição " A Arte do Mito". Fantástico!!
Da primeira exposição que citei ("da Bauhaus a (agora!)") algumas obras como as de Pietro Sanguinetti, e as do Grupo Zero me chamaram a atenção. Sanguinetti, usa palavras-logo que transcendem a semântica levando a uma reflexão social e filosófica. E o movimento Zero, que surgiu na Alemanha (Dusseldorf) no pós 2.a guerra, propõe uma concepção artística partindo do zero, ou seja, sem referências, para celebrar o início de uma nova era.
A entrada custa R$15,00. Porém toda terça- feira a visita ao Masp é gratuita!! Então, sem mais desculpas para não visitá- lo!!
Você encontra aqui informações a respeito de movimentos artísticos e seus personagens. Ah! E talvez algumas descobertas (pseudo!?) filosóficas particulares.
23 de outubro de 2007
19 de outubro de 2007
Britto no Metrô
A menos de um mês atrás passeando pela Oscar Freire passei na frente da galeria do Romero Britto. E ontem quando entrei no metrô Clínicas dei de cara mais uma vez com as obras desse artista, que fazem parte de uma exposição no espaço da estação. E lá, claro que eu não podia deixar de parar nem que fossem apenas uns minutos para apreciar as suas 16 pinturas. Exposições em espaços públicos são mesmo uma coisa maravilhosa!!
Bom, não sou nenhuma fã do seu trabalho, mas não tem como ignorar o seu sucesso!! Nascido em Recife, numa família de origem simples, esse pop artista com influências do cubismo já completou vinte anos de carreira de fama reconhecida internacionalmente. Envolvido em vários projetos artísticos e sociais está super em evidência no momento. É um artista bem comercial, e sua paixão e dedicação pelas artes são inspiradoras.
Com suas obras multicoloridas, sempre alto- astral, e de composição extremamente harmoniosa, o artista usa e abusa da simplicidade e da alegria com o intuito de tornar suas obras acessíveis a todos. Podendo ser apreciadas tanto por crianças quanto adultos de idade mais avançada, conforme idealiza o artista.
Faz também refências utilizando o recurso das releituras de obras renomadas, reforçando seu popartismo como por exemplo a Mona Lisa do Leonardo da Vinci, Os Girassóis de Van Gogh, Abaporu de Tarsila do Amaral e Wham! de Roy Lichtenstein.
Em seu site oficial achei legal os vídeos, em especial o terceiro. A desenvoltura com que o artista finaliza uma de suas obras é delicioso de se ver!!
Bom, não sou nenhuma fã do seu trabalho, mas não tem como ignorar o seu sucesso!! Nascido em Recife, numa família de origem simples, esse pop artista com influências do cubismo já completou vinte anos de carreira de fama reconhecida internacionalmente. Envolvido em vários projetos artísticos e sociais está super em evidência no momento. É um artista bem comercial, e sua paixão e dedicação pelas artes são inspiradoras.
Com suas obras multicoloridas, sempre alto- astral, e de composição extremamente harmoniosa, o artista usa e abusa da simplicidade e da alegria com o intuito de tornar suas obras acessíveis a todos. Podendo ser apreciadas tanto por crianças quanto adultos de idade mais avançada, conforme idealiza o artista.
Faz também refências utilizando o recurso das releituras de obras renomadas, reforçando seu popartismo como por exemplo a Mona Lisa do Leonardo da Vinci, Os Girassóis de Van Gogh, Abaporu de Tarsila do Amaral e Wham! de Roy Lichtenstein.
Em seu site oficial achei legal os vídeos, em especial o terceiro. A desenvoltura com que o artista finaliza uma de suas obras é delicioso de se ver!!
17 de outubro de 2007
Cow Parade!!!
Essa exposição de arte nas ruas com vacas feitas de fibra de vidro começou em Chicago em 1999. Espalhou- se por outras cidades dos Estados Unidos, e depois ganhou o mundo com inúmeras interpretações de acordo com as diferentes referências culturais de cada país e cidade.
Já aconteceu em mais de 40 cidades como Londres, Tokyo, Sidney, Buenos Aires, Paris e Johanesburgo e aqui no Brasil já passou por São Paulo (2005), Belo Horizonte e Curitiba (2006), e agora está no Rio até o dia 26 de novembro deste ano.
Por trás desse evento público existe também uma preocupação social. Depois de cada exposição, algumas vaquinhas são leiloadas e as mais famosas viram miniaturas que são vendidas pelo site. O dinheiro arrecado é entregue às instituições de caridade das cidade onde ele acontece. Calcula- se que até hoje já foi arrecadado mais de US$ 11 milhões de dólares.
No site você pode ver mais vaquinhas das exposições que já aconteceram, xeretar a loja virtual, e saber mais sobre o evento. Vá em: http://www.cowparade.com
Já aconteceu em mais de 40 cidades como Londres, Tokyo, Sidney, Buenos Aires, Paris e Johanesburgo e aqui no Brasil já passou por São Paulo (2005), Belo Horizonte e Curitiba (2006), e agora está no Rio até o dia 26 de novembro deste ano.
Por trás desse evento público existe também uma preocupação social. Depois de cada exposição, algumas vaquinhas são leiloadas e as mais famosas viram miniaturas que são vendidas pelo site. O dinheiro arrecado é entregue às instituições de caridade das cidade onde ele acontece. Calcula- se que até hoje já foi arrecadado mais de US$ 11 milhões de dólares.
No site você pode ver mais vaquinhas das exposições que já aconteceram, xeretar a loja virtual, e saber mais sobre o evento. Vá em: http://www.cowparade.com
11 de outubro de 2007
E vc, é normal?!
Eu não sou normal. Também não sei o que sou então. Esquisita, estranha ou somente diferente, não importa!! O importante é não ser normal. Calma, calma, eu ainda não enlouqueci completamente. Acredito que um pouquinho de insanidade todo mundo tem sim, uns mais e outros menos. A loucura está lá, guardadinha no fundo da nossa sã inconciência. Agora em se tratando de personalidade, estilo de vida, tem coisa mais chata do que ser completamente normal?! Criei um gosto por tudo que é meio estranho, e hoje resolvi admitir que também sou uma (estranha)!! E tem mais, ainda acho que ser normal demais também é estranho, então também tá tudo bem. E viva a diversidade!!!
Foto: Auto- retrato, Van Gogh. Saint-Rémy: Setembro, 1889 Paris, Museu d'Orsay.
5 de outubro de 2007
Nova Objetividade Brasileira- Tropicália e muito mais!!
HELIO OITICICA (1937-80)
TROPICÁLIA, 1967. Obra inspirada em uma FAVELA. Em forma de um labirinto ele recria um ambiente tropical com plantas, poemas- objetos, areia e araras, mas não com o objetivo de figurar uma dada realidade nacional. A idéia seria objetivar uma imagem brasileira pela "devoração" dos símbolos da própria cultura brasileira, como descreve o artista. E de fundamental importância a participação do espectador no processo de penetrar esse ambiente, que segundo o criador invade os sentidos de tato, visão, olfato e audição convidando ao jogo e à brincadeira. Composto por dois elementos, os Penetráveis: PN2 - A Pureza é um Mito e PN3- Imagético.
BÓLIDE, CAIXA 18 1966 - HOMENAGEM A CARA DE CAVALO .
Manifestação de cunho político, foi um protesto ao assassinato do bandido Cara de Cavalo pela polícia em 1964, e que era seu conhecido. Apesar do destaque dado pela imprensa da época, Cara de Cavalo não era um bandido violento que teria cometido grandes crimes e atrocidades. Seu maior azar foi ser culpado pelo assassinato de um destacado detetive de polícia (Milton de Oliveira Le Cocq), numa época em que para lidar com a criminalidade crescente, surgiam os grupos de extermínio como o Esquadrão da Morte e o lema "Bandido Bom é Bandido Morto". Oiticica depois cria uma bandeira de fundo vermelho com a frase: "Seja Marginal, Seja Herói" com a foto do amigo.
BÓLIDES, 1963-69. Conjunto de obras que ele batizou com esse nome por apresentar o mesmo conceito, o de uma obra estruturada para corporificar a cor. Utiliza vários materiais como caixas de madeira e latas, criando diferentes efeitos de profundidade e luminosidade. Depois inclui vidros, e materiais da vida cotidiana como plásticos e tecidos pintados com o intuito de aumentar a interação do espectador diando dos seus trabalhos. A idéia era tocar e mover os objetos para explorar os diversos efeitos, incentivando uma participação emocional e intelectual do observador. A Homenagem à Cara de Cavalo também é um bólide, apresentada na exposição com um manto vermelho sobre a foto. Aqui você encontra vários exemplos compilados numa exposição do Tate Modern de Londres desde ano. A exposição não se resume somente aos Bólides, então clique também nas outras salas para ver outras obras do artista.
PARANGOLÉS, por volta de 1965 . Posterior aos bólides é o ponto culminante de suas experiências com cores e espaços. Elaborada com camadas de panos coloridos, se revelam somente com o movimento de suas estruturas. Portanto amplia a participação do público que não mais apenas manuseia a obra, mas passa a fazer parte dela. Fruto das experiências do artista com a comunidade da Escola de Samba Estação Primeira da Mangueira, foi muitas vezes utilizado por seus integrantes. Alguns levam frases como "Estou Possuído", ou "Incorporo a Revolta", expressando o incorforminsmo e revelando a cumplicidade do artista com os marginalizados.
TROPICÁLIA, 1967. Obra inspirada em uma FAVELA. Em forma de um labirinto ele recria um ambiente tropical com plantas, poemas- objetos, areia e araras, mas não com o objetivo de figurar uma dada realidade nacional. A idéia seria objetivar uma imagem brasileira pela "devoração" dos símbolos da própria cultura brasileira, como descreve o artista. E de fundamental importância a participação do espectador no processo de penetrar esse ambiente, que segundo o criador invade os sentidos de tato, visão, olfato e audição convidando ao jogo e à brincadeira. Composto por dois elementos, os Penetráveis: PN2 - A Pureza é um Mito e PN3- Imagético.
BÓLIDE, CAIXA 18 1966 - HOMENAGEM A CARA DE CAVALO .
Manifestação de cunho político, foi um protesto ao assassinato do bandido Cara de Cavalo pela polícia em 1964, e que era seu conhecido. Apesar do destaque dado pela imprensa da época, Cara de Cavalo não era um bandido violento que teria cometido grandes crimes e atrocidades. Seu maior azar foi ser culpado pelo assassinato de um destacado detetive de polícia (Milton de Oliveira Le Cocq), numa época em que para lidar com a criminalidade crescente, surgiam os grupos de extermínio como o Esquadrão da Morte e o lema "Bandido Bom é Bandido Morto". Oiticica depois cria uma bandeira de fundo vermelho com a frase: "Seja Marginal, Seja Herói" com a foto do amigo.
BÓLIDES, 1963-69. Conjunto de obras que ele batizou com esse nome por apresentar o mesmo conceito, o de uma obra estruturada para corporificar a cor. Utiliza vários materiais como caixas de madeira e latas, criando diferentes efeitos de profundidade e luminosidade. Depois inclui vidros, e materiais da vida cotidiana como plásticos e tecidos pintados com o intuito de aumentar a interação do espectador diando dos seus trabalhos. A idéia era tocar e mover os objetos para explorar os diversos efeitos, incentivando uma participação emocional e intelectual do observador. A Homenagem à Cara de Cavalo também é um bólide, apresentada na exposição com um manto vermelho sobre a foto. Aqui você encontra vários exemplos compilados numa exposição do Tate Modern de Londres desde ano. A exposição não se resume somente aos Bólides, então clique também nas outras salas para ver outras obras do artista.
PARANGOLÉS, por volta de 1965 . Posterior aos bólides é o ponto culminante de suas experiências com cores e espaços. Elaborada com camadas de panos coloridos, se revelam somente com o movimento de suas estruturas. Portanto amplia a participação do público que não mais apenas manuseia a obra, mas passa a fazer parte dela. Fruto das experiências do artista com a comunidade da Escola de Samba Estação Primeira da Mangueira, foi muitas vezes utilizado por seus integrantes. Alguns levam frases como "Estou Possuído", ou "Incorporo a Revolta", expressando o incorforminsmo e revelando a cumplicidade do artista com os marginalizados.
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