28 de novembro de 2007

Móbiles

São também um tipo de escultura cinética, ou ainda, são o maior exemplo da arte cinética. Alexander Calder em 1931 é creditado por essa invenção, mas Marcel Duchamp foi quem sugeriu que chamasse-os de móbiles.
A criação dessas peças se apoiou no princípio do equilíbrio, e pode ser definido como esculturas nas quais um grupo balanceado de partes capazes de se mover estão dependuradas livremente no espaço.

Daí alguém teve a grande idéia de fazer móbiles com penduricalhos fofos percebendo o potencial da escultura para distrair e divertir os recém-chegados ao mundo.

Nesse site maravilhoso, você encontra muita coisa sobre o Alexander Calder: http://www.calder.org/#

Arte Cinética ou Cinetismo

O termo cinético que é ligado ao movimento, foi efetivamente incorporado ao vocabulário artístico em 1955, por ocasião da exposição Le Mouvement, na galeria parisiense Denise René, com obras de artistas de diferentes gerações: Marcel Duchamp (1887-1968), Alexander Calder (1898-1976), Vasarely (1908), Jesus Raphael Soto (1923) Yaacov Agam (1928), Jean Tinguely (1925), Pol Bury (1922), entre outros.

foto: "Homenagem a Nova Iorque", 1960 - Jean Tinguely. Escultura que se auto-destrói, encomendado pelo Museu de Arte Moderna de Nova Iorque

A especificidade da arte cinética, dizem os estudiosos, é que nela o movimento constitui o princípio de estruturação. O cinetismo rompe assim com a condição estática da pintura, apresentando a obra como um objeto móvel, que não apenas traduz ou representa o movimento, mas está em movimento.

A op arte, ou arte óptica pode ser considerada parte da arte cinética porque a idéia de estruturar a pintura com o intuito de criar movimento existe, mesmo sendo um movimento apenas ilusório. Portanto op arte e arte cinética estão sempre relacionadas.

foto: "Zebras", 1938- Victor Vasarely

Alguns estudos, como o do crítico inglês Guy Brett, ampliam ainda mais a noção de arte cinética, pensando-a como ligada à "linguagem do movimento". Com isso incorporam a ela trabalhos que evidenciam possibilidades de transformação, seja pela posição do observador, seja pela manipulação da obra.
Obra da série "Bichos" de Lygia Clark (1920-1988)

Em inglês, arte cinética é chamada kinetic art.

PS: O texto não é de minha autoria, são fragmentos de um texto completo que você encontra aqui.

27 de novembro de 2007

Theo Jansen: Artista-inventor

Theo Jansen, define-se como escultor cinético. Ele é uma mistura de artista e engenheiro que cria animais bizarros que se movimentam impulsionados pelo vento dando a impressão de estarem vivos. Sem nenhum combustível, sem propulsão elétrica, sem programas eletrônicos, somente com a força do vento.

Em várias de suas obras intituladas "Streambeest", os materiais utilizados são baratos e leves como plásticos, fios de náilon e fitas adesivas. Já versões mais recentes como o "Animaris Rhinoceros", chega a pesar 2 toneladas, mas da mesma forma anda com a força do vento ou pode ser facilmente puxado por uma pessoa.

Sempre criando e desenvolvendo novos projetos, esse artista holandês diz buscar no processo de refazer a natureza possíveis revelações sobre os segredos da vida. E eventualmente descobrir uma forma para que suas criaturas tenham vida própria.

Nesse site você pode ver todos os seus animaizinhos e um pouco mais sobre o artista: http://www.strandbeest.com/

Assita ao vídeo com os animais em movimento:
vídeos: http://www.youtube.com/watch?v=FMqftVhOuTw

25 de novembro de 2007

Gravura Moderna

Robert Rauschenberg, nascido em 1925 nos Estados Unidos é talvez mais conhecido pelas suas obras "Combines" (1950), na qual objetos e materiais não tradicionais são empregados em inovativas combinações, sendo um misto de pinturas e esculturas (muitos bichos empalhados!!). Mas Rauschenberg também se destaca em trabalhos com fotografia, impressões, ou tudo ao mesmo tempo, utilizando diversas técnicas formando belos trabalhos de gravura.

O seu trabalho vai desde litografias com colagens de imagens em branco e preto de jornais à obras coloridas que combinam sofisticados processos de impressão. O artista vem incluindo sempre novas técnicas como imagens digitais e experimentado materiais como papelão, tecidos e plástico. Como nas "Combines" ele mistura imagens de jornais, revistas e suas próprias fotografias.

foto: Soviet/American Array III, 1988. Fotogravura.

Exposição Let the World In, na National Gallery of Art, Washington DC.
http://www.nga.gov/exhibitions/2007/rauschenberg/ruminations.shtm

Polêmica: Vídeo explicando porque ele apagou um quadro de William de Koonie.
http://www.youtube.com/watch?v=tpCWh3IFtDQ

Vídeo com obras de William Koonie.
http://www.youtube.com/watch?v=eM31iY2xqOw&feature=related

10 de novembro de 2007

Principais tipos de gravura

Os diferentes nomes são dados de acordo com o material utilizado para a matriz, a ferramenta ou técnica empregada. A partir dessa matriz o desenho pode ser reproduzido diversas vezes e normalmente o artista assina e enumera as cópias.

Xilogravura: É a técnica da gravura em madeira com a ajuda de um instrumento cortante. A tinta é passada sobre o desenho e o resultado é a impressão da parte em relevo no papel ou tecido, como se fosse um carimbo.

As gravuras japonesas à partir de 1860, ficaram famosas no ocidente inspirando muitos artistas do impressionismo europeu, e também no art noveau e cubismo.

foto: Toshusai Sharaku- Otani Oniji, 1794.

Litografia: O desenho é feito sobre uma base, geralmente calcária (pedra), com um material gorduroso que é fixado com produtos químicos. A tinta utilizada é gordurosa e adere somente no desenho, sendo a impressão da imagem obtida através de uma prensa própria que desliza sobre o papel. A mesma técnica está sendo utilizada com chapas de plástico e metal.

A litografia passou a ser largamente usado para fins comerciais. Sendo que para os trabalhos coloridos cada cor corresponde a uma diferente matriz.

foto: Toulouse-Lautrec, Moulin Rouge-La Goulue. Sec. XIX.

Calcografia: É a arte de gravar em metal. Possui várias técnicas que podem ser juntamente utilizadas para a criação da obra.

foto: Remembrant, Las Tres Cruces. Água- forte.


















Água- forte:
Após recobrir a chapa
com um verniz protetor, o artista faz o desenho com um instrumento metálico pontiagudo e utiliza- se ácido nítrico para corroer o metal (ferro, cobre, latão ou zinco). Dessa forma o desenho aparece quando o verniz for retirado e define os sulcos
onde a tinta será colocada para a impressão.

Buril ou Talho- doce: O desenho é entalhado diretamente na chapa metálica através de incisões feitas por ferramentas de aço. É a mais antiga técnica de calcografia.

Ponta- seca: Estilete de aço temperado, cilíndrico ou quadrado, preso a um bastonete cilíndrico de madeira, semelhante a um lápis ou lapiseira.
Água- tinta: A placa é pulverizada com algum tipo de resina e às vezes também à outros materias como açúcar, sal ou areia. Depois é aquecida de forma que a mistura se funda na placa, exercendo a mesma função do verniz, porém criando um outro tipo de textura quando mergulhada na substância química corrosiva.

Serigrafia ou Silkscreen: Técnica de impressão da gravura que reproduz desenhos de cores planas através de uma armação de madeira e tela feita de tecido de seda, náilon ou rede metálica, sobre uma base que pode ser de papel, tecido, metal ou outros. O processo se dá a partir da aplicação de tinta sobre partes permeáveis e impermeáveis da tela, que a filtra formando o desenho a ser impresso. O termo sinônimo silkscreen é normalmente utilizado num contexto comercial.

Fonte: Enciclopédia Itaú Cultural

9 de novembro de 2007

Os Simpsons é Arte!!!

Finalmente consegui ler uma matéria que saiu na Bravo (edição agosto 2007), "Os Simpsons é Arte?!". Quando saiu procurei na internet e não achei o texto na íntegra. Agora que fui até o Centro Cultural só pra isso, encontrei com a maior facilidade no site da Bravo mesmo!!! Enfim, recomendo. LEIAM!!! Está muito bem escrito, e cheio de detalhes interessantes pra quem é fã do desenho!!

Além de ser um maravilhoso entretenimento o desenho é realmente um fenômeno cultural!! Percebia as inúmeras referências, as críticas, muitos questionamentos existenciais, filosóficos, mas não tinha idéia do tanto de teses e livros escritos sobre o desenho. "O Evangelho Segundo os Simpsons" de Mark Pinsky, você conhecia?!