10 de dezembro de 2007

O estêncil é uma técnica muito associada ao grafitismo, sendo uma das grandes expressões da street art. Pode não se dar com todos os ambientes, mas pra mim são jóias raras que eu agora adoro ficar caçando pelas ruas de São Paulo.

Tem milhares de fotos interessantíssimas pra postar, inclusive de sites de vários outros países.
Acho esse tipo de trabalho fantástico!!

As fotos são desses sites que falam de estêncil, grafite, e tem muito mais imagens bacanas!! Acho que acabei escolhendo só fotos do Celso Gitahy, que integra a velha guarda dos artistas do grafite de São Paulo.

7 de dezembro de 2007

Semana de 22

A grande Semana de Arte Moderna de 1922, durante as comemorações do centenário de independência do Brasil, tem a sua importância atribuída ao fato de ser a primeira manifestação coletiva e pública contra o conservadorismo e a favor da liberdade de expressão. Pelo fim das regras no que se refere às artes, ou seja, de uma emancipação artística.

Em meados da década de 1910 surgem as primeiras discussões sobre a necessidade de uma renovação das artes em textos de revistas e exposições, porém os jovens artistas que compunham o grupo modernistas na época eram pouco conhecidos. Para dar credibilidade ao movimento foi de fundamental importância a adesão de Graça Aranha, já aclamado romancista na época, e do mecenas Paulo Prado, pessoa de grande prestígio que conseguiu os patrocínos necessários e sem o qual o projeto não teria saído do papel.

Apesar de não possuir um programa estético definido e de não representar um rompimento profundo na história da arte brasileira, o elo que uniu todos esses artistas, a rejeição aos temas importados e tradicionais, os debates e discussões que gerou, acarretará em desdobramentos, fundamentais para a compreensão do desenvolvimento da arte moderna no Brasil.

5 de dezembro de 2007

Arte Interativa

Tarde pra aprender, é sim, mas como diz o ditado: Antes tarde do que NUNCA!!

A arte que interage com o espectador é aquela que de alguma forma envolve a participação da platéia. A idéia surgiu, e no começo foi realizada através de esculturas nas quais se podia caminhar (instalações), tocar, modificar e até mesmo vestir (parangolés!). A partir daí com a tecnologia e muita criatividade as possibilidades tornaram-se infinitas!!

Dessa forma surge a arte eletrônica, web art ou arte na internet, onde muitos trabalhos são altamente interativos. Muitos artistas até aceitam que a participação da audiência influa inclusive no curso de sua obra. Para isso utilizam-se de novos meios e formas para expor as suas obras como vídeos, lasers e jogos eletrônicos através da internet e outro meios de telecomunicações.

A Ars Electronica Prix , na Áustria e a AV Festival na Inglaterra são exemplos de exibições de arte eletrônica. Parece ser muito interessante, tenho milhões de coisas pra ler... C-yaa...

28 de novembro de 2007

Móbiles

São também um tipo de escultura cinética, ou ainda, são o maior exemplo da arte cinética. Alexander Calder em 1931 é creditado por essa invenção, mas Marcel Duchamp foi quem sugeriu que chamasse-os de móbiles.
A criação dessas peças se apoiou no princípio do equilíbrio, e pode ser definido como esculturas nas quais um grupo balanceado de partes capazes de se mover estão dependuradas livremente no espaço.

Daí alguém teve a grande idéia de fazer móbiles com penduricalhos fofos percebendo o potencial da escultura para distrair e divertir os recém-chegados ao mundo.

Nesse site maravilhoso, você encontra muita coisa sobre o Alexander Calder: http://www.calder.org/#

Arte Cinética ou Cinetismo

O termo cinético que é ligado ao movimento, foi efetivamente incorporado ao vocabulário artístico em 1955, por ocasião da exposição Le Mouvement, na galeria parisiense Denise René, com obras de artistas de diferentes gerações: Marcel Duchamp (1887-1968), Alexander Calder (1898-1976), Vasarely (1908), Jesus Raphael Soto (1923) Yaacov Agam (1928), Jean Tinguely (1925), Pol Bury (1922), entre outros.

foto: "Homenagem a Nova Iorque", 1960 - Jean Tinguely. Escultura que se auto-destrói, encomendado pelo Museu de Arte Moderna de Nova Iorque

A especificidade da arte cinética, dizem os estudiosos, é que nela o movimento constitui o princípio de estruturação. O cinetismo rompe assim com a condição estática da pintura, apresentando a obra como um objeto móvel, que não apenas traduz ou representa o movimento, mas está em movimento.

A op arte, ou arte óptica pode ser considerada parte da arte cinética porque a idéia de estruturar a pintura com o intuito de criar movimento existe, mesmo sendo um movimento apenas ilusório. Portanto op arte e arte cinética estão sempre relacionadas.

foto: "Zebras", 1938- Victor Vasarely

Alguns estudos, como o do crítico inglês Guy Brett, ampliam ainda mais a noção de arte cinética, pensando-a como ligada à "linguagem do movimento". Com isso incorporam a ela trabalhos que evidenciam possibilidades de transformação, seja pela posição do observador, seja pela manipulação da obra.
Obra da série "Bichos" de Lygia Clark (1920-1988)

Em inglês, arte cinética é chamada kinetic art.

PS: O texto não é de minha autoria, são fragmentos de um texto completo que você encontra aqui.

27 de novembro de 2007

Theo Jansen: Artista-inventor

Theo Jansen, define-se como escultor cinético. Ele é uma mistura de artista e engenheiro que cria animais bizarros que se movimentam impulsionados pelo vento dando a impressão de estarem vivos. Sem nenhum combustível, sem propulsão elétrica, sem programas eletrônicos, somente com a força do vento.

Em várias de suas obras intituladas "Streambeest", os materiais utilizados são baratos e leves como plásticos, fios de náilon e fitas adesivas. Já versões mais recentes como o "Animaris Rhinoceros", chega a pesar 2 toneladas, mas da mesma forma anda com a força do vento ou pode ser facilmente puxado por uma pessoa.

Sempre criando e desenvolvendo novos projetos, esse artista holandês diz buscar no processo de refazer a natureza possíveis revelações sobre os segredos da vida. E eventualmente descobrir uma forma para que suas criaturas tenham vida própria.

Nesse site você pode ver todos os seus animaizinhos e um pouco mais sobre o artista: http://www.strandbeest.com/

Assita ao vídeo com os animais em movimento:
vídeos: http://www.youtube.com/watch?v=FMqftVhOuTw

25 de novembro de 2007

Gravura Moderna

Robert Rauschenberg, nascido em 1925 nos Estados Unidos é talvez mais conhecido pelas suas obras "Combines" (1950), na qual objetos e materiais não tradicionais são empregados em inovativas combinações, sendo um misto de pinturas e esculturas (muitos bichos empalhados!!). Mas Rauschenberg também se destaca em trabalhos com fotografia, impressões, ou tudo ao mesmo tempo, utilizando diversas técnicas formando belos trabalhos de gravura.

O seu trabalho vai desde litografias com colagens de imagens em branco e preto de jornais à obras coloridas que combinam sofisticados processos de impressão. O artista vem incluindo sempre novas técnicas como imagens digitais e experimentado materiais como papelão, tecidos e plástico. Como nas "Combines" ele mistura imagens de jornais, revistas e suas próprias fotografias.

foto: Soviet/American Array III, 1988. Fotogravura.

Exposição Let the World In, na National Gallery of Art, Washington DC.
http://www.nga.gov/exhibitions/2007/rauschenberg/ruminations.shtm

Polêmica: Vídeo explicando porque ele apagou um quadro de William de Koonie.
http://www.youtube.com/watch?v=tpCWh3IFtDQ

Vídeo com obras de William Koonie.
http://www.youtube.com/watch?v=eM31iY2xqOw&feature=related

10 de novembro de 2007

Principais tipos de gravura

Os diferentes nomes são dados de acordo com o material utilizado para a matriz, a ferramenta ou técnica empregada. A partir dessa matriz o desenho pode ser reproduzido diversas vezes e normalmente o artista assina e enumera as cópias.

Xilogravura: É a técnica da gravura em madeira com a ajuda de um instrumento cortante. A tinta é passada sobre o desenho e o resultado é a impressão da parte em relevo no papel ou tecido, como se fosse um carimbo.

As gravuras japonesas à partir de 1860, ficaram famosas no ocidente inspirando muitos artistas do impressionismo europeu, e também no art noveau e cubismo.

foto: Toshusai Sharaku- Otani Oniji, 1794.

Litografia: O desenho é feito sobre uma base, geralmente calcária (pedra), com um material gorduroso que é fixado com produtos químicos. A tinta utilizada é gordurosa e adere somente no desenho, sendo a impressão da imagem obtida através de uma prensa própria que desliza sobre o papel. A mesma técnica está sendo utilizada com chapas de plástico e metal.

A litografia passou a ser largamente usado para fins comerciais. Sendo que para os trabalhos coloridos cada cor corresponde a uma diferente matriz.

foto: Toulouse-Lautrec, Moulin Rouge-La Goulue. Sec. XIX.

Calcografia: É a arte de gravar em metal. Possui várias técnicas que podem ser juntamente utilizadas para a criação da obra.

foto: Remembrant, Las Tres Cruces. Água- forte.


















Água- forte:
Após recobrir a chapa
com um verniz protetor, o artista faz o desenho com um instrumento metálico pontiagudo e utiliza- se ácido nítrico para corroer o metal (ferro, cobre, latão ou zinco). Dessa forma o desenho aparece quando o verniz for retirado e define os sulcos
onde a tinta será colocada para a impressão.

Buril ou Talho- doce: O desenho é entalhado diretamente na chapa metálica através de incisões feitas por ferramentas de aço. É a mais antiga técnica de calcografia.

Ponta- seca: Estilete de aço temperado, cilíndrico ou quadrado, preso a um bastonete cilíndrico de madeira, semelhante a um lápis ou lapiseira.
Água- tinta: A placa é pulverizada com algum tipo de resina e às vezes também à outros materias como açúcar, sal ou areia. Depois é aquecida de forma que a mistura se funda na placa, exercendo a mesma função do verniz, porém criando um outro tipo de textura quando mergulhada na substância química corrosiva.

Serigrafia ou Silkscreen: Técnica de impressão da gravura que reproduz desenhos de cores planas através de uma armação de madeira e tela feita de tecido de seda, náilon ou rede metálica, sobre uma base que pode ser de papel, tecido, metal ou outros. O processo se dá a partir da aplicação de tinta sobre partes permeáveis e impermeáveis da tela, que a filtra formando o desenho a ser impresso. O termo sinônimo silkscreen é normalmente utilizado num contexto comercial.

Fonte: Enciclopédia Itaú Cultural

9 de novembro de 2007

Os Simpsons é Arte!!!

Finalmente consegui ler uma matéria que saiu na Bravo (edição agosto 2007), "Os Simpsons é Arte?!". Quando saiu procurei na internet e não achei o texto na íntegra. Agora que fui até o Centro Cultural só pra isso, encontrei com a maior facilidade no site da Bravo mesmo!!! Enfim, recomendo. LEIAM!!! Está muito bem escrito, e cheio de detalhes interessantes pra quem é fã do desenho!!

Além de ser um maravilhoso entretenimento o desenho é realmente um fenômeno cultural!! Percebia as inúmeras referências, as críticas, muitos questionamentos existenciais, filosóficos, mas não tinha idéia do tanto de teses e livros escritos sobre o desenho. "O Evangelho Segundo os Simpsons" de Mark Pinsky, você conhecia?!

23 de outubro de 2007

Tirei um tempinho pra relaxar hoje e fui correndo pro Masp especialmente pra ver uma exposição intitulada "da Bauhaus a (agora!)". Lembrei da última vez que pisei lá e acho que foi no ano de 1997 e pensei: Que vergonha!! Bom, pra me justificar fiquei fora do Brasil por mais de cinco anos, e nesse tempo pra compensar eu visitei outros museus e exposições fora do país. Mas agora que voltei não quero ficar tanto tempo sem visitá- lo novamente!! Ainda mais que ele estava quase pra falir!!

Foi a primeira vez que fui num museu sozinha também!! Apesar de adorar companhia pra tudo, acho que ir pro museu daqui pra frente vai ser uma das coisas que eu vou preferir fazer sozinha!! Adorei me sentir livre pra dar mais atenção a uma determinada obra, ou poder voltar e comtemplar por mais tempo outra, tudo ao meu ritmo.

De quebra ainda vi uma outra exposição "arte e ousadia", de uma coleção particular (João Sattamini). Com as obras organizadas em ordem cronológica, de 1950 a 2000, tem um riquíssimo acervo de obras do concretismo brasileiro. Além da exposição " A Arte do Mito". Fantástico!!

Da primeira exposição que citei ("da Bauhaus a (agora!)") algumas obras como as de Pietro Sanguinetti, e as do Grupo Zero me chamaram a atenção. Sanguinetti, usa palavras-logo que transcendem a semântica levando a uma reflexão social e filosófica. E o movimento Zero, que surgiu na Alemanha (Dusseldorf) no pós 2.a guerra, propõe uma concepção artística partindo do zero, ou seja, sem referências, para celebrar o início de uma nova era.

A entrada custa R$15,00. Porém toda terça- feira a visita ao Masp é gratuita!! Então, sem mais desculpas para não visitá- lo!!

19 de outubro de 2007

Britto no Metrô

A menos de um mês atrás passeando pela Oscar Freire passei na frente da galeria do Romero Britto. E ontem quando entrei no metrô Clínicas dei de cara mais uma vez com as obras desse artista, que fazem parte de uma exposição no espaço da estação. E lá, claro que eu não podia deixar de parar nem que fossem apenas uns minutos para apreciar as suas 16 pinturas. Exposições em espaços públicos são mesmo uma coisa maravilhosa!!

Bom, não sou nenhuma fã do seu trabalho, mas não tem como ignorar o seu sucesso!! Nascido em Recife, numa família de origem simples, esse pop artista com influências do cubismo já completou vinte anos de carreira de fama reconhecida internacionalmente. Envolvido em vários projetos artísticos e sociais está super em evidência no momento. É um artista bem comercial, e sua paixão e dedicação pelas artes são inspiradoras.

Com suas obras multicoloridas, sempre alto- astral, e de composição extremamente harmoniosa, o artista usa e abusa da simplicidade e da alegria com o intuito de tornar suas obras acessíveis a todos. Podendo ser apreciadas tanto por crianças quanto adultos de idade mais avançada, conforme idealiza o artista.

Faz também refências utilizando o recurso das releituras de obras renomadas, reforçando seu popartismo como por exemplo a Mona Lisa do Leonardo da Vinci, Os Girassóis de Van Gogh, Abaporu de Tarsila do Amaral e Wham! de Roy Lichtenstein.

Em seu site oficial achei legal os vídeos, em especial o terceiro. A desenvoltura com que o artista finaliza uma de suas obras é delicioso de se ver!!

17 de outubro de 2007

Cow Parade!!!

Essa exposição de arte nas ruas com vacas feitas de fibra de vidro começou em Chicago em 1999. Espalhou- se por outras cidades dos Estados Unidos, e depois ganhou o mundo com inúmeras interpretações de acordo com as diferentes referências culturais de cada país e cidade.

Já aconteceu em mais de 40 cidades como Londres, Tokyo, Sidney, Buenos Aires, Paris e Johanesburgo e aqui no Brasil já passou por São Paulo (2005), Belo Horizonte e Curitiba (2006), e agora está no Rio até o dia 26 de novembro deste ano.

Por trás desse evento público existe também uma preocupação social. Depois de cada exposição, algumas vaquinhas são leiloadas e as mais famosas viram miniaturas que são vendidas pelo site. O dinheiro arrecado é entregue às instituições de caridade das cidade onde ele acontece. Calcula- se que até hoje já foi arrecadado mais de US$ 11 milhões de dólares.

No site você pode ver mais vaquinhas das exposições que já aconteceram, xeretar a loja virtual, e saber mais sobre o evento. Vá em: http://www.cowparade.com


11 de outubro de 2007

E vc, é normal?!


Eu não sou normal. Também não sei o que sou então. Esquisita, estranha ou somente diferente, não importa!! O importante é não ser normal. Calma, calma, eu ainda não enlouqueci completamente. Acredito que um pouquinho de insanidade todo mundo tem sim, uns mais e outros menos. A loucura está lá, guardadinha no fundo da nossa sã inconciência. Agora em se tratando de personalidade, estilo de vida, tem coisa mais chata do que ser completamente normal?! Criei um gosto por tudo que é meio estranho, e hoje resolvi admitir que também sou uma (estranha)!! E tem mais, ainda acho que ser normal demais também é estranho, então também tá tudo bem. E viva a diversidade!!!

Foto: Auto- retrato, Van Gogh. Saint-Rémy: Setembro, 1889 Paris, Museu d'Orsay.

5 de outubro de 2007

Nova Objetividade Brasileira- Tropicália e muito mais!!

HELIO OITICICA (1937-80)

TROPICÁLIA, 1967. Obra inspirada em uma FAVELA. Em forma de um labirinto ele recria um ambiente tropical com plantas, poemas- objetos, areia e araras, mas não com o objetivo de figurar uma dada realidade nacional. A idéia seria objetivar uma imagem brasileira pela "devoração" dos símbolos da própria cultura brasileira, como descreve o artista. E de fundamental importância a participação do espectador no processo de penetrar esse ambiente, que segundo o criador invade os sentidos de tato, visão, olfato e audição convidando ao jogo e à brincadeira. Composto por dois elementos, os Penetráveis: PN2 - A Pureza é um Mito e PN3- Imagético.

BÓLIDE, CAIXA 18 1966 - HOMENAGEM A CARA DE CAVALO .
Manifestação de cunho político, foi um protesto ao assassinato do bandido Cara de Cavalo pela polícia em 1964, e que era seu conhecido. Apesar do destaque dado pela imprensa da época, Cara de Cavalo não era um bandido violento que teria cometido grandes crimes e atrocidades. Seu maior azar foi ser culpado pelo assassinato de um destacado detetive de polícia (Milton de Oliveira Le Cocq), numa época em que para lidar com a criminalidade crescente, surgiam os grupos de extermínio como o Esquadrão da Morte e o lema "Bandido Bom é Bandido Morto". Oiticica depois cria uma bandeira de fundo vermelho com a frase: "Seja Marginal, Seja Herói" com a foto do amigo.

BÓLIDES, 1963-69. Conjunto de obras que ele batizou com esse nome por apresentar o mesmo conceito, o de uma obra estruturada para corporificar a cor. Utiliza vários materiais como caixas de madeira e latas, criando diferentes efeitos de profundidade e luminosidade. Depois inclui vidros, e materiais da vida cotidiana como plásticos e tecidos pintados com o intuito de aumentar a interação do espectador diando dos seus trabalhos. A idéia era tocar e mover os objetos para explorar os diversos efeitos, incentivando uma participação emocional e intelectual do observador. A Homenagem à Cara de Cavalo também é um bólide, apresentada na exposição com um manto vermelho sobre a foto. Aqui você encontra vários exemplos compilados numa exposição do Tate Modern de Londres desde ano. A exposição não se resume somente aos Bólides, então clique também nas outras salas para ver outras obras do artista.

PARANGOLÉS, por volta de 1965 . Posterior aos bólides é o ponto culminante de suas experiências com cores e espaços. Elaborada com camadas de panos coloridos, se revelam somente com o movimento de suas estruturas. Portanto amplia a participação do público que não mais apenas manuseia a obra, mas passa a fazer parte dela. Fruto das experiências do artista com a comunidade da Escola de Samba Estação Primeira da Mangueira, foi muitas vezes utilizado por seus integrantes. Alguns levam frases como "Estou Possuído", ou "Incorporo a Revolta", expressando o incorforminsmo e revelando a cumplicidade do artista com os marginalizados.

27 de setembro de 2007

Abril 1967, MAM/ RJ

Mostra que reúne diversos artistas das vanguardas nacionais da década de 60, pertecentes à arte- concreta, ao neoconcretismo, às novas figurações e novos realismos, define uma direção para o caminho das artes no país. Ou seja, múltiplas tendências com o objetivo de produzir algo que não fosse uma cópia do que era produzido nos centros internacionais, com o uso de elementos tipicamente nacionais.

A Declaração de Princípios Básicos da Nova Vanguarda é o texto que acompanha a exposição. Defende a liberdade de criação, o emprego de uma linguagem nova, a análise crítica da realidade e a "utilização de meios capazes de reduzir à máxima objetividade o subjetivismo".

O texto Esquema Geral da Nova Objetividade Brasileira, escrito por Helio Oiticica, acompanha o catálogo da mostra. Nele o artista explica a inaugurada "antiarte ambiental", define também um posicionamento político, e afirmava que as formas tradicionais da atividade artística, como a esculura e a pintura, davam lugar a uma produção baseadas em objetos, na experimentação e na participação corporal, visual e tátil do espectador diante da obra de arte.

A mostra e os textos que a acompanham podem ser lidos como desdobramentos de outros eventos que têm lugar na década de 1960, como, por exemplo, as exposições Opinião 65 e Opinião 66 (Rio de Janeiro), Propostas 65 e Propostas 66 (São Paulo), e Vanguarda Brasileira (Belo Horizonte, 1966).


24 de setembro de 2007

Redescobrindo o Tropicalismo

Em 1967, Helio Oiticica cria a instalação Tropicália, numa exposição intitulada Nova Objetividade Brasileira. Daí surge o nome que batiza a música de Caetano Veloso, o albúm Tropicália: ou Panis et Circensis, e o movimento conhecido como Tropicalismo.

O movimento tropicalista que não foi só o movimento liderado por Caetano e Gil e que se refere a música, propõe uma caracterização da cultura brasileira, sem o nacionalismo exacerbado. Os elementos eram o samba, o morro, a favela, as raízes de nossa cultura, seus aspectos positivo e negativo.

Tropicália- O movimento que não terminou, é uma exposição que acontece no Rio.

Tropicália, letra de Caetano Veloso.

23 de setembro de 2007

Bauhaus, síntese da idéia.


Nome da escola e também do estilo definido por artistas alemãs, liderados por Walter Gropius. Fundada em 1919 em Weimar, a escola se muda pra Dessau em 1925. Em 1932, é transferida para Berlim, mas é fechada no ano seguinte pelo governo nazista.

A escola foi construída com a idéia de que o design não precisava ser um mero reflexo da sociedade, ele poderia ajudar a melhorá-la. Os estudantes eram treinados para trabalhar junto com a indústria, na criação de objetos funcionais e práticos, que possibilitassem uma produção em massa.

O estilo era caracterizado pela economia de método, a severa geometria das formas e o design que leva em conta a natureza dos materiais empregados. Esses conceitos sofreram oposição acadêmica devido ao seu caráter revolucionário. E também políticas sendo o estilo modernista criticado e tachado como anti- alemão pela ala mais conservadora.


Enfim, influencia a arquitetura, o design de interiores, o design industrial, a tipografia e outras áreas, e se espalha pela europa ocidental, Estados Unidos e Israel (Tel Aviv). Muitos artistas são exilados e isso contribui fortemente para a sua influência principalmente nos Estados Unidos.

Pessoas, se vcs quiserem dar uma olhadinha no prédio de Dessau assistam esse vídeo. Talvez seja um pouco parado pra alguns, mas se tiverem um pouco de paciência ele logo fica mais interessante!! A trilha sonora também é boa!! O prédio por fora não me chamou muito a atenção quando vi fotos, quem sabe ao vivo e a cores, neh?... Mas por dentro é muuuito bacana!!

20 de setembro de 2007

Zezão, grafiteiro!! --Muito prazer!!



Não é de hoje que esse moço vem mostrando o seu trabalho, mas como agora ele é reconhecido até lá fora... Vamos registrar aqui!! Brincadeira, heim? A ignorância é infinita, e eu nunca tinha ouvido falar do cara mesmo!

José Augusto Amaro Capela, alcunha Zezão, ficou famoso por pintar muitas galerias subterrâneas de São Paulo. Além dos esgotos, alguns lixões e outros lugares inóspitos.

Por que os esgotos?! Como um grafiteiro que se preza, procura sempre um lugar bacana pra botar uma cor no espaço urbano. Impressionado com as diferentes texturas no subterrâneo, imaginou o efeito que isso daria junto às suas pinturas. Além de querer chamar a atenção para a questão do lixo que se acumula nas galerias, às coisas que ninguém mais vê e portanto pensa que se livrou.

Se você pensa que o cara vai lá e pinta qualquer parede de mais fácil acesso está muito enganado. Para entender um pouco mais do seu trabalho, vale a pena checar o slideshow com o áudio desse site http://www.lost.art.br/zezao.htm. E se quiser ver mais fotos... http://www.flickr.com/photos/zezao/page5/

Achei um trabalho diferente, digamos, inusitado. E o efeito luminoso das suas pinturas faz com que elas saltem e fiquem em plano primeiríssimo em meio à toda sujeira.

Agora suas obras custam dinheiro, cotadas no mercado entre R$1.000 a R$4.000. Zezão é pago pra pintar paredes de bares, casas noturnas, e desfiles de moda. E a novidade é ser contratado por bacanas que querem decorar suas casas com os seus trabalhos.

Fico devendo posts sobre "Os Gemêos", o "Nunca", "Celso Gitahy" e outros grafiteiros talentosíssimos que eu for descobrindo!!